Bandeira da República Portuguesa

Bandeira da República Portuguesa
Bandeira da República Portuguesa desde 30 de Junho de 1911 ( menos de um ano após a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910 )

2012/01/12

António Gedeão- poema ( manual página 70)

Poema do Fecho éclair

Filipe II e a perda da Independência
Filipe II tinha um colar de oiro
tinha um colar de oiro com pedras
rubis.
Cingia a cintura com cinto de coiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.

Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.

O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.

Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.

Tapetes flamengos,
combates de galos,
Galões e podengos,
falcões e cavalos.

Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.

Na mesa do canto
vermelho damasco
a tíbia de um santo
guardada num frasco.

Foi dono da terra,
foi senhor do mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.

Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safira, topázios,
rubis, ametistas.

Tinha tudo, tudo
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.

Um homem tão grande
tem tudo o que quer.
O que ele não tinha
era um fecho éclair.

Nota: (Filipe II teria da viver até aos finais do Séc. XIX para poder ter o seu fecho éclair)

PS: Se quiseres saber quem foi FILIPE II de Espanha e I de Portugal, procura na Wikipédia, clicando na imagem do monarca,  ou pergunta ao teu professor de História. De acordo ?

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