Bandeira da República Portuguesa

Bandeira da República Portuguesa
Bandeira da República Portuguesa desde 30 de Junho de 1911 ( menos de um ano após a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910 )

2012/10/15

Mário Castrim

Mário Castrim
31 de Julho de 1920 -  15 de outubro de 2002
 

    Foi casado com a conhecida escritora Alice Vieira , que , ao celebrar 10 anos da sua morte, publicou no facebook alguns dos seus poemas inéditos.

No retrato velho hoje cinzento
estava toda a família reunida.
--Este aqui és tu.
Este tu era eu-- três anos, caracóis, calções
colete, botas.

Este sou eu.
É preciso guardar as provas. Os documentos.
Se um dia me fecharem as cancelas e
não me deixarem passar, aponto logo:
--Este sou eu.

--Passe -- dirá o guarda que deve haver
na eternidade -- e boa viagem, sim?

--Claro --dirá o menino
que entretanto busca em mim 
as sete diferenças 
como costuma fazer no desenho
do suplemento do jornal.

 
Mário Castrim - poema inédito
 

 Literatura Infantil

 
Sinopse
«Chamava-se Arabé e o seu dono dizia que era um animal perigoso. Por isso, para o distinguir dos outros cavalos, lhe atou ao pescoço um lenço amarelo... Mas a realidade é bem diferente. Arabé apenas luta pelo seu direito à vida, o seu direito a não ser apenas uma coisa nas mãos de certa gente. Arabénão foge dos homens. Pelo contrário, quer partilhar com eles a aventura do trabalho e da felicidade. Este livro é um relato dessa aventura.»
                                      
Testemunho de Alice Vieira, em 15 de Outubro de 2012, no    facebook:

"Hoje tenho mesmo de agradecer, e muito, aos alunos do Colégio Boa Nova, no Estoril. Eu vinha a um canto da carruagem do metro, sem nenhuma vontade de rir, porque hoje é um dia complicado para mim, quando ,de repente, numa estação as portas se abrem e a carruagem é completamente tomada de assalto por um bando de catraios de uniforme escolar, e duas ou três corajosas professoras que os guiavam. Olham para mim. Reconhecem-me. O que se pasou depois deixo à vossa imaginação criadora... Palmas, vivas, "a sério que és mesmo a Alice Vieira?", fotografias para a posteridade, e eu só ria que parecia tão maluca como eles... Iam visitar o "DN" ("trabalhei lá 17 anos", digo eu; "17 anos??? Nem sei o que isso é...", responde um deles). Sairam no Marquês. Ainda me ria quando saí em S.Sebastião. "

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