Retrato a óleo de Domingos Rebelo
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Retrato de Antero de Quental, pintado por Columbano Bordalo Pinheiro
A um Poeta
Tu que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno.
Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares
Um mundo novo espera só um aceno...
Escuta! É a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
ANTERO DE QUENTAL Poeta: 1842 - 1891
A 18 de Abril de 1842, nasce, em Ponta Delgada, Antero Tarquínio de Quental. No dia 11 de Setembro compra um revólver e, às 20 horas, no lado norte do Campo de S. Francisco, suicida-se com dois tiros.
"SÓ MALES SÃO REAIS, SÓ DOR EXISTE. PRAZERES, SÓ OS GERA A FANTASIA..."
Estátua de Antero de Quental no Jardim da Estrela, em Lisboa
170º aniversário do nascimento de Antero de Quental assinalado no Google
"DE TUDO, O PIOR MAL É TER NASCIDO." |
" A POESIA é a confissão sincera do pensamento mais íntimo de uma IDADE. "
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