Bandeira da República Portuguesa

Bandeira da República Portuguesa
Bandeira da República Portuguesa desde 30 de Junho de 1911 ( menos de um ano após a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910 )

2012/10/30

Receitas tradicionais

Receitas
Bolinho do Dia Doce de Abóbora
1 kg de farinha de trigo
1 kg de abóbora cozida, escorrida
250 g de manteiga
600 g de açúcar
1 colher de sopa de canela
1 colher de sopa de fermento
6 ovos
raspa de 1 limão

Numa taça coloca-se a abóbora cozida, ainda morna; junta-se a manteiga e mexe-se bem. De seguida, junta-se o açúcar e bate-se. Partem-se os ovos e batem-se como se fosse para omoleta. Adicionam-se à massa e mistura-se tudo. Depois, aos poucos, junta-se a farinha, o fermento, a canela e a raspa de limão. Amassa-se tudo com as mãos. Finalmente, juntam-se passas e nozes partidas ou outros frutos secos, a gosto.

Bolinho de abóbora e nozes



Doce de abóbora e nozes 
 
1 kg de abóbora, partida aos bocados;
750 g de açúcar;
casca de 1 limão;
1 pau de canela;
Vai tudo junto ao lume, durante três a quatro horas, até fazer ponto de estrada

Quadras para o «Pão por Deus»

" As cantigas da Ilha Terceira"

Na saquinha de retalhos,
Trago quadras de improviso,
Vão por ruas e atalhos,
À cata do bom sorriso.

É dia do Pão-por-Deus,
Cantam os Santos no céu;
Seja por alma dos seus
O que dá a este ilhéu.

Andam crianças em bando,
A pedir pelos beirais,
Alegres sempre cantando
Como pequenos pardais.

Bato à porta com alegria,
Esperando ser atendido,
Porque o valor deste dia
Será no Céu recebido.

No dia do Pão-por-Deus,
Sai à rua em excursão,
Este dom, de versos meus,
Em louvor dos que lá estão.

Em saquinhas coloridas,
De retalhos abençoados,
Andam nas mãos estendidas
A pedir pelos finados.

No dia do Pão-por-Deus,
Cantam os Anjos no Céu,
Pelos Santos teus e meus,
Com o coração ilhéu.

Em cada porta que passo,
Com uma estrofe na mão,
É uma obra que faço
Em honra do nosso Irmão.

Eu vou pedir a Jesus,
No dia do Pão-por-Deus
Que alivie cada cruz
Que pousa nos irmãos seus.

Abro a boca da saquinha,
P'ra vos dar uma cantiga,
Se me derem a esmolinha,
Cumpre-se a moda antiga.

Pela lustrosa moeda,
Faço a quadra deste dia:
É um "Pão" que não azeda
E é dado com alegria.

Não se negue à criança,
O gosto da tradição,
P'ra que fique na lembrança
O dia da petição.


 



Por alma da sua gente,
Trago a quadra na sacola,
Agradeço o seu presente
Que valerá como esmola.

Levo uma rua a eito,
A bater de porta em porta,
Sorrindo a cada sujeito
P'la moeda que conforta.

Dia de Todos-os-Santos,
O mesmo que Pão-por-Deus;
Na ilha, em todos os cantos,
Louvam-se os meus e os seus.

No dia do Pão-por-Deus,
Vais levar uma saquinha,
Com alguns dos versos meus,
Gratos pela esmolinha.

A obra de caridade,
Reluz sempre neste dia,
Porque na tenra idade
Há o dom da alegria.

Trago no rosto o sorriso,
E a quadra a condizer:
O Pão-por-Deus eu preciso
Para assim lhe agradecer.

Hoje é dia de Festa
No céu e todos os cantos;
Uma estrofe como esta
Louva cada um dos Santos.

Vão retalhos multi-cores,
Em saquinhas pequeninas,
No peditório louvores
Dos meninos e meninas.

Neste dia tão bondoso,
Pão-por-Deus feito na ilha,
Torna o gesto glorioso
Pela esmola que partilha.

Jesus também foi menino,
E transmitiu a Bondade,
E quanto mais pequenino
Mais ela luz de verdade.

Uma forma original
De pedir o Pão-por-Deus:
Agradeço, em especial,
Com alguns dos versos meus.

Uma prenda lhe vou dar,
Por me dar também a sua,
E p'ra sempre vou louvar,
O Pão que por Deus actua.


Crianças pedindo "pão por Deus" no dia 1 de Novembro, dia de Todos  os Santos

Tradição: PÃO POR DEUS

Pedido de "pão por Deus " ainda é tradição portuguesa no dia 1 de Novembro

 
Clica na imagem para veres o vídeo sobre a tradição portuguesa do " Pão por Deus " que se celebra ainda em Portugal a 1 de Novembro.

Nas zonas rurais portuguesas, e até mesmo nas cidades, o feriado do 1 de Novembro é aproveitado para se fazer o pedido do pão por Deus, uma comemoração onde os mais novos andam de porta em porta vestidos a rigor, como manda a tradição.
Pão, broa, bolinhos, frutos secos e, mais recentemente chocolates, são as oferendas habituais, sendo que a quem não dá nada não lhe é rogada nenhuma praga, uma tradição que aos poucos vem perdendo força.
«Enquanto o costume era dos adultos era fácil transmitir, mas estando nas mãos da garotada tende a desaparecer, porque, às vezes, não funciona e os pais não encorajam, porque acham que é pedinchice».
Segundo o sociólogo Moisés Espírito Santo, a tradição do pedido do pão por Deus começa a misturar-se com o Halloween, em particular nas cidades.

A minha 1ª página

Media Lab DN - Visita de Estudo
 
Os alunos do 6º ano , turma A, visitaram hoje, dia 30 de Outubro de 2012, o jornal "Diário de Notícias". Aos alunos do 6º A , juntaram-se 2 alunos do 5º ano, turma A - Pedro e Luana, como prémio pelo seu comportamento em sala de aula.
Com esta visita e respectiva sessão de trabalho pretendia-se que os alunos entendessem melhor a importância dos media, nomeadamente de um jornal, e construíssem , após a visualização de um filme explicativo, a sua primeira página. Este trabalho era realizado em grupos de dois alunos, mas houve alunos que trabalharam individualmente.
A participação activa e ordenada, o nível de conhecimentos, bem como a correcção ao nível das atitudes e comportamentos por parte do nossos alunos, foram elogiadas por todos os monitores que com eles trabalharam. Os Professores, Mª do Rosário Barros e Rui Oliveira, a Senhora Auxiliar de Acção Educativa , Selene Meque, que os acompanharam, bem como a Escola de S. Bruno congratulam-se com a imagem de excelência que estes alunos deram da escola que frequentam.
E para recordar, aqui ficam alguns testemunhos da visita que realizaram e do trabalho que efectuaram.
 
Foto de grupo - 30.10.1012
( 1º e 2ª fila - da esquerda para a direita / de cima para baixo : José, Pedro ( 5ºA), Leonor, Raquel, Rita, Inês, Rafaela, João, Madalena, Ana, Leandro, Jéssica e Vitor; Luana (5ºA),Matilde, Maximiano, Márcio e João Pedro )

 

De cima para baixo, da esquerda para a direita: Grupo, Leonor e Rita, Pedro e Luana, Inês e Rafaela; João Pedro, Vitor e Ana, Leandro e Raquel )
 
Nota: Estas fotos (cuja selecção foi feita pelo DN ) e outras informações úteis poderão ser encontradas na página do MediaLab - DN / facebook  :http://www.facebook.com/pages/MediaLab-DN/152426561466158?sk=photos_stream

2012/10/29

Espírito de equipa

 
Vamos amanhã efectuar uma Visita de Estudo ao Medialab-DN.
Esta visita propõe-se realizar um trabalho de equipa para o qual a participação empenhada e organizada de todos é imprescindível. E quando me refiro a espírito de equipa , pretendo realçar a importância da participação responsável de todos, durante o percurso (viagem de autocarro) e durante a visita, propriamente dita.
Para que tudo e em qualquer circunstância corra bem é necessário que estejamos em sintonia - " Um por todos e todos por um !".
Posso ( podemos) contar convosco? 
Acredito (acreditamos ) que sim! 
Então, votos de que aproveites/m ao máximo (aprendendo e partilhando) e de que realizes/m um bom trabalho! 

2012/10/24

DN- Media lab / VISITA DE ESTUDO

 
 
No próximo dia 30 de Outubro, terça feira,  os alunos do 6A irão ao Diário de Notícias. Em parceria com a  MediaLab - DN, os alunos irão participar num workshop intitulado " A minha primeira página ". A visita é grátis e aos alunos, em actividade na oficina referida, serão tiradas fotografias e publicadas na edição do DN, do dia seguinte, bem como na página do facebook deste jornal.

LINK :https://www.facebook.com/pages/MediaLab-DN/152426561466158
 
Na certeza de que está será uma actividade do agrado dos meus alunos, recordo apenas a importância do cumprimento das regras básicas de participação numa actividade extra curricular.
 
Localização e objectivos  desta oficina de formação:
 
 
Clica na imagem e abrirás o site do medialab / DN.

Aristides de Sousa Mendes


Uri Orlev - escritor





Irena Sendler


2012/10/22

Leitura de livro do PNL - Apresentação de trabalho

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Como já sabes, deverás fazer , em cada período lectivo, a leitura individual de um livro do PNL, ou de autor português que escreva livros aconselhados para a tua idade. Para isso e , com intenção de melhorar o teu trabalho, aqui junto um guião de leitura que deverás respeitar para organizares o teu trabalho.
Obviamente , deverás incluir uma pequena biografia do/ a  autor / autora, mas a análise da obra lida deverá conter as informações sugeridas no guião. No ponto 5, alíneas b ) e c) poderás seleccionar um excerto do texto que lerás perante a turma e também um breve resumo do momento da narrativa de que mais gostaste.
Para apresentar/partilhar o teu trabalho podes usar uma das seguintes ferramentas de apresentação:slideshare, powerpoint, popplet, prezi, ebook. ( "wordle" não me parece ser , neste caso, a ferramenta mais adequada )
Se tiveres alguma dúvida, consulta a tua professora
Bom trabalho!


 
Caso queiras aprofundar conhecimentos, aprender como estudar sozinho, como organizar um trabalho e muito mais...clica na imagem acima. Vais deslumbrar-te !
 

Troya - filme com Brad Pitt


Deusas da antiga Grécia


Deuses da Antiga Grécia


Ulisses - Guião de Leitura




Clica na plavra Ulisses e ouvirás a música dos " VANGELIS " - The conquest of paradise .
Ouve...é muito , muito bonita !

Ulisses - guião de leitura

guião leitura
 
Este guião de leitura, facultado por outra Escola Básica, vai permitir-te compreender melhor a obra que estás a ler e também sistematizar as informações nela contidas.
Utiliza-o correctamente e verás como é útil ...
Bom trabalho!

2012/10/21

Ulisses


Clica na imagem para leres uma outra versão da história de Ulisses.
Estou certa que vais gostar!

E enquanto estás a ler, poderás ouvir a música dos "VANGELIS", Glorianna, um hino de homenagem à Mulher e , neste caso, à dedicada e fiel Penélope, a esposa de Ulisses.
Clica na palavra Penélope e ouvirás esta belíssima composição.
Baixa a página do youtube e continua lendo ...

Ulisses ( Odisseu) , herói grego

Odisseu (em grego: Ὀδυσσεύς, transl. Odysseýs) ou Ulisses (em latim: Ulysses ou Ulixes) foi, nas mitologias grega e romana um personagem da Ilíada e da Odisseia, de Homero. É o personagem principal dessa última obra, e uma figura à parte na narrativa da Guerra de Tróia. É um dos mais ardilosos guerreiros de toda a epopeia grega, mesmo depois da guerra, quando do seu longo retorno ao seu reino, Ítaca, uma das numerosas ilhas gregas.
 
Odisseu ( Ulisses) e sua formosa esposa Penélope
 
Herói grego, Odisseu(Ulisses) era rei de Ítaca e filho de Laerte e Anticleia.
Odisseu casou com Penélope, filha de Icaro.
Da união com Penélope nasceu Telémaco, seu querido filho, do qual teve de se apartar muito cedo para lutar ao lado de outros nobres gregos em Tróia. Foi um dos elementos mais atuantes no cerco de Tróia, no qual se destacou principalmente por sua prudência e astúcia.
Durante a citada guerra, muitas batalhas os gregos venceram a conselho de Odisseu, sendo este mesmo um grande guerreiro, apesar de sua baixa estatura (algumas lendas diziam mesmo que era anão).
Um de seus mais famosos ardis foi ajudar na construção de um cavalo de madeira, que permitiu a entrada dos exércitos gregos na cidade. Aliás, a estratégia foi sua.
Após a derrota dos troianos, ele iniciou uma viagem de dez anos de volta para Ítaca onde a sua mulher o espera com uma fidelidade obstinada, apesar da demora. Essa viagem mereceu a criação por Homero do poema épico Odisseia, na qual são narradas as aventuras e desventuras de Odisseu e sua tripulação desde que deixam Tróia, algumas causadas por eles e outras graças à intervenção dos deuses.
Quando cegaram o ciclope Polifemo, despertaram a ira de Poseidon, que os atormentou por anos. Depois, ainda tentando voltar para Ítaca, acabou indo para a ilha de Calipso, onde uma mulher o aprisionou em sua ilha durante anos e não o soltaria de lá até que ela se casasse com ele. Porém, ele não aceitou, e ficou vários anos na ilha, até que Hermes, Deus mensageiro, apareceu à deusa Calipso e lhe deu ordens de Zeus. Ordenou que Odisseu fosse libertado. Assim a deusa o ajudou a construir uma jangada, para que continuasse o seu caminho rumo a terra pátria.
Com a ajuda de Zeus e de outros deuses, Odisseu chegou a casa sozinho para encontrar sua esposa Penélope, importunada por pretendentes. Disfarçado como mendigo, primeiro verificou se Penélope lhe era fiel e, em seguida, matou os pretendentes à sua sucessão, que a perseguiam, limpando o palácio. Com isso, iniciou-se uma batalha final contra as famílias dos homens mortos, mas a paz foi restaurada por Atena.


Ora bem !
Sabes o que é a Mitologia?
Conheces os Deuses da Antiguidade?
Clica na gravura acima e descobrirás. Aposto que vais gostar de saber e conhecer um pouco mais sobre este tema !

Uri Orlev

Uri orlev

Relatos de sobreviventes do holocausto nazi...

A vida é estranha...relatos de vida de famílias judias no período anterior à 2ª guerra Mundial


2012/10/20

Uri Orlev

 
Uri Orlev
 
Uri Orlev (1931 -), de nome verdadeiro Jerzy Henryk Orlowski  é um escritor e tradutor hebraico de origem polaca.
Nasceu em Varsóvia, na Polónia. Passou os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial no Gueto de Varsóvia. A mãe foi morta pelos alemães, e o seu pai seria capturado pelos russos. Pai e filhos só se voltariam a ver em Israel no ano de 1954.
Depois de conseguir fugir do gueto e ser escondido por famílias polacas, Orlev e o seu irmão seriam enviados para Bergen-Belsen. Libertados dois anos depois, imigram para Israel.
Orlev já publicou 29 livros para crianças e jovens, bem como ficção para adultos. Também escreve roteiros de rádio e TV, e é um tradutor de polonês para hebraico. Os seus livros foram traduzidos para 38 idiomas. Orlev ganhou muitos prémios literários, tanto em Israel e no exterior, entre eles o prémio Hans Christian Andersen ( 1996 )...
 
Para crianças e jovens
  • The Thing in the Dark, Am Oved, 1976
  • It's Hard to Be a Lion, Am Oved, 1979, Zmora Bitan, 2002
  • The Island on Bird Street, Keter, 1981
  • The Wings Turn, Massada, 1981
  • Big Brother, Keter, 1983
  • The Lead Soldiers, Sifriat Poalim, 1956; Keter, 1983
  • The Dragon's Crown, Keter, 1986
  • The Man from the Other Side, Keter, 1988
  • The Lady with the Hat, Keter, 1990
  • Lydia, Queen of Palestine, Keter, 1991
  • Last of Kin, Keter, 1996
  • A Mouthful of Meatball, Keter, 1995
  • The Sandgame, Keter, 1996
  • The Wandering Family, Keter, 1997
  • The Song of the Whales, Keter, 1997
  • Run, Boy, Run, Keter, 2001
  • Poems from Bergen-Belsen, 1944, (Bilíngua com polaco),
  • Winter, 2007, (Português) (do livro "A Ilha da Rua dos Pássaros")

Arístides Sousa Mendes


Arístides Sousa Mendes ( 1885 / 1954 )


Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu a 19 de Julho de 1885, em Cabanas de Viriato (Carregal do Sal), localidade situada a cerca de 30km a sul de Viseu. Pertencia a uma família aristocrática e católica da Beira-Alta. O pai, José de Sousa Mendes, terminou a carreira de juiz no Tribunal da Relação de Coimbra. A mãe, Maria Angelina do Amaral e Abranches, também da região, descendia da “Casa de Midões”, uma Casa com tradições “Liberais”. Aristides de Sousa Mendes tinha um irmão gémeo, César, e um irmão mais novo, José Paulo.
Aristides cursou Direito na Universidade de Coimbra, juntamente com seu irmão César, tendo sido um dos seis melhores estudantes do seu curso. Depois de se licenciar, em 1907, com 22 anos, fez o estágio de advocacia, tendo defendido alguns casos no início da sua carreira.
Em 1910, ainda durante a monarquia, Aristides e César ingressaram na Carreira Diplomática. Aristides exerceu funções como Cônsul de
Carreira na Guiana Britânica, em Zanzibar, no Brasil (Curitiba e Porto Alegre), nos Estados Unidos, (San Francisco e Boston), em Espanha (Vigo), no Luxemburgo, na Bélgica e, finalmente, em França (Bordéus).
Casado com sua prima direita Maria Angelina, em 2009, a família de Aristides de Sousa Mendes foi crescendo a par da sua carreira diplomática. Assim, quatro dos seus filhos nasceram em Zanzibar, dois no Brasil, dois nos Estados Unidos, um em Espanha, dois na Bélgica e três, perfazendo o total de 14, em Portugal. Valorizando a presença da família, Aristides de Sousa Mendes optou por nunca dela se separar, assegurando a educação dos seus filhos, em todos os países por onde passou.

Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial e o exército alemão a avançar pela França dentro no Verão de 1940, Bordéus, cidade fronteiriça entre França e Espanha, torna-se refúgio de muita alma fugida do norte da Europa e o consulado português é visto como a "tábua de salvação" por milhares de pessoas que lá se amontoam na esperança de obterem um visto de entrada ou salvo-conduto para puderem atravessar Espanha e entrar em Portugal com destino ao continente americano.
Contrariando a circular n.º 14, de 13 de Novembro de 1939, que proibia a concessão de vistos a certas categorias de refugiados, especialmente judeus, Aristides, depois de passar vários dias de cama com febre e espasmos nervosos, face à desgraça humana que desfilava pelas ruas de Bordéus, toma a decisão, movido pela sua consciência, de passar vistos a todos quantos necessitem. Num ímpeto, a notícia corre célere entre os refugiados: o cônsul português dava vistos e o casarão nas margens do rio Garona é "invadido" por judeus, polacos e outros indesejados aos olhos dos nazis. Impossível se torna controlar aquela multidão em desespero, e em plena conjugação de esforços com a mulher, os filhos e José Seabra, secretário consular, os passaportes são recolhidos em sacos e três dias a fio o diplomata não se deita para assinar interminavelmente o documento que permitia a vida e a salvação. Dias mais tarde, desloca-se ao consulado de Baiona, que se encontra sob jurisdição do de Bordéus, onde empreende uma nova "operação de salvamento", chegando ao ponto de mandar colocar uma mesa do consulado na rua, para facilitar a passagem de vistos. Salazar, ao tomar conhecimento da insubordinação de Sousa Mendes, dá instruções para que este regresse de imediato a Lisboa, escoltado por dois diplomatas, sob prisão.
Com este gesto, Aristides salvou a vida a mais de trinta mil refugiados - um terço deles judeus

A 23 de Junho de 1940, Salazar determina o seu afastamento do cargo, e envia o Embaixador Teotónio Pereira. Em Portugal, Sousa Mendes solicita, em vão, uma audiência a Oliveira Salazar, mas este Salazar determina, a 4 de Julho, a abertura de um processo disciplinar ao diplomata que é instaurado a 1 de Agosto de 1940.
Como consequência, Aristides de Sousa Mendes é afastado da Carreira Diplomática e afastado de qualquer actividade profissional, sendo ostracizado pelos seus pares, familiares e amigos. Os filhos, perseguidos e não podendo encontrar trabalho em Portugal, são obrigados a emigrar.
Dois deles, logo em 1943, juntam-se ao exército americano e até participam na invasão da Normandia a 6 de Junho de 1944.
A 4 de Julho de 1940, Salazar ordena a abertura de um processo disciplinar contra Aristides de Sousa Mendes.
O processo é instruído por Francisco de Paula Brito Júnior a partir de 19 de Agosto
. A 30 de Outubro Salazar condena-o a «um ano de inactividade, com direito a metade do vencimento, devendo em seguida ser aposentado». No entanto, esta determinação não é cumprida, sendo Sousa Mendes pura e simplesmente expulso da carreira, sem passar à situação de aposentação. Fica interdito até de trabalhar como advogado.
Elabora a sua própria defesa, argumentando que agiu em defesa dos valores éticos e humanitários e solicita por diversas vezes uma audiência a Salazar, que nunca o recebe e se mantem implacável na sua decisão.
Entre 1940 e 1954, Aristides entra num processo de “decadência”, perdendo, mesmo, a titularidade do seu gesto salvador pois, Salazar apropria-se desse acto. Através da propaganda do Estado Novo, os jornais do regime louvam Salazar: “Portugal sempre foi um país cristão” é o título de um Editorial do Diário de Notícias do mês de Agosto de 1940, em que Salazar é louvado por ter salvo refugiados no Sul de França. Até Teotónio Pereira, reclama, nas suas “Memórias”, a acção de Aristides de Sousa Mendes como sendo de sua autoria! O cônsul morre a 3 de Abril de 1954.
Um dos muitos documentos falsos emitidos para salvar judeus


Outros não judeus que ajudaram a salvar milhares de pessoas durante a 2ª guerra Mundial.

Raoul Wallenberg

Muitos foram os civis anónimos que, pelo mundo, ajudaram a salvar milhares de judeus destinados ao extermínio. Certo é que muitos continuam por conhecer, pois que a sua identidade se manteve sempre escondida por motivos de segurança. 
Raoul Wallenberg, nascido em Estocolmo, na Suécia ,em 4 de Agosto de 1912. foi uma fígura de destaque. Em Israel, uma árvore foi plantada em sua homenagem no "Bosque dos Justos".
Clica no seu nome e abrirás uma página que fala sobre ele.


E ainda outros que se conhecem.
Se quiseres saber a sua história procura na net.


 

Oskar Schindler


Biografia de Oskar Schindler (1908 / 1974 )

Biografia de Oscar Schindler

A história de Irena Sendler


Irena Sendler ( 1910-2008)

          A Mãe das crianças do Holocausto
Irene Sendler
 
Cquote1.svgA razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade.Cquote2.svg
 
Quando a Alemanha Nazi invadiu o país em 1939, Irena era Assistente Social no Departamento de bem estar social de Varsóvia, trabalhava com enfermeiras e organizava espaços de refeição comunitários da cidade com o objectivo de responder às necessidades das pessoas que mais necessitavam. Graças a ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres como lhes entregavam roupas, medicamentos e dinheiro. Ali trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas.
Em 1942, os nazis criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela mesma contou:
Consegui, para mim e minha companheira Irena Schultz, identificações do gabinete sanitário, entre cujas tarefas estava a luta contra as doenças contagiosas. Mais tarde tive êxito ao conseguir passes para outras colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de que ocorresse uma epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto.
Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam:
"Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena, "Que podia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto?" A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.
 

Irena Sendler em Varsóvia, 2005
 
Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, caixões... nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.
Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registrava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.
Os nazis souberam dessas actividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: "Jesus, em Vós confio", e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional".
Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Em 1944, durante o revolta de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio nazis.
De início, as crianças que não tinham família adoptiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.
As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas acções humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe:
Lembro-me de seu rosto. Foi você quem me tirou do gueto.
E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.
Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.
Irena Sendler foi apresentada como candidata para o prémio Nobel da Paz pelo Governo da Polónia.
As autoridades de Oświęcim (Auschwitz) expressaram o seu apoio a esta candidatura, já que consideraram que Irena Sendler era uma dos últimos heróis vivos da sua geração, e que tinha demonstrado uma força, uma convicção e um valor extraordinários frente a um mal de uma natureza extraordinária.
O prémio desse ano (2007) foi, no entanto, entregue a um jornalisgta , ecologista e político norte-americano pela sua defesa do meio ambiente...
 
Com ou sem prémio Nobel, Irene Sendler jamais será esquecida !

O Holocausto Nazi


O HOLOCAUSTO NAZI

 
O Holocausto Nazi consistiu em por em prática um plano de genocídio da população Judaica e de outras minorias étnicas.


Durante o holocausto milhares de ciganos foram perseguidos e mortos.
 
Em 1933 a vida dos Judeus era normal e estável, ou seja, iam à escola, brincavam, iam ao teatro, cinema, tinham os seus negócios e tudo que um cidadão alemão fazia.

No mesmo ano, em 30 de Janeiro, Hitler chega ao poder como Chanceler da Alemanha.
 
Com a subida de Hitler ao poder estava instalada na Alemanha uma ditadura absoluta, que era alimentada por uma ideologia nazi racista (só existe uma raça superior - a raça ariana . As outras raças eram um factor de perturbação na sociedade e haveria que destrui-las ou então teriam de servir a raça superior), com isto começa uma perseguição aos Judeus .
As SS haviam sido criadas como guarda pessoal de Hitler e seriam a vanguarda do movimento nazi para confirmar o povo alemão como raça superior. O chefe das SS (Himmler) pediu aos alemães que seguissem as teorias genéticas nazis e melhorassem a raça. O Estado concedia empréstimos para encorajar os casais a terem mais filhos e as mães com muitos filhos recebiam medalhas.
Os judeus começam por ser obrigados a registarem-se e a usar uma ligadura com uma estrela de David amarela no braço, para não se confundirem com a raça Alemã e para mais facilmente serem identificados.
 
 
Estrela de identificação de Judeus
 
Pelas ruas Alemãs vêem-se as primeiras frases contra os judeus como: "Nicht für Juden", (interdito a judeus ) ou "porcos Judeus". Estes vêem a sua vida a entrar num beco sem saída, pois são constantemente perseguidos, humilhados e mal tratados na rua.




Crianças judias expulsas das escolas

Judeus ! Aqui não são desejados... 
Por exemplo, os alemães iam buscar raparigas judias a casa e obrigavam-nas a esfregar as ruas, escolhiam homens ao acaso e espancavam-nos à frente de todos os Alemães, que se limitavam a assistir.
Os judeus que tinham possibilidades tomavam as devidas precauções para conseguir sair do país. Quanto aos outros teriam que se sujeitar ao domínio de Hitler.
 
Em 1933/35 são publicadas as leis raciais e são retiradas as lojas e negócios aos judeus, os médicos são proibidos de exercer a sua profissão, nenhum judeu pode ter um cargo político e é lhes retirado o direito de cidadão, ou seja, não são considerados cidadãos alemães.

incêndio de uma sinagoga na Kristallnacht
Incêndio e destruição de uma Sinagoga

Em 1938 dá-se a "Kristallnacht", (Noite de Cristal), mais de 200 sinagogas são destruídas, 7500 lojas fechadas, 30 000 judeus do sexo do masculino enviados para campos de concentração. Neste mesmo ano, foram construídos os primeiros ghettos na Alemanha, onde isolavam os judeus do mundo exterior (separados por um muro). Cerca de 600 000 judeus morreram em ghettos com fome e doenças .
Hitler decide então começar a eliminar em maior número os judeus. Para isso os Einsatzgruppen capturavam e levavam os judeus para valas, onde eram obrigados a despirem-se, para em seguida serem mortos a sangue frio. Nestes momentos a dor, o choro, os gritos e os tiros misturavam-se no ar . É então que em 1941 se encontra a "Solução Final"

Einsatzgruppen fuzilando um judeu na Ucrânea
Fuzilamento a sangue frio

Os Judeus eram capturados e levados em comboios para os campos de concentração. O que ficou mais conhecido foi o de Auschwitz. Mas muitos deles não conseguiam chegar com vida, pois morriam com doenças e fome, porque a viagem era muito longa e as condições higiénicas não eram as melhores, visto que viajavam em vagões para o gado, apinhados e só havia um balde para as necessidades. Não havia água nem alimentos. Com isto muitos judeus morriam ou adoeciam. Quanto aos outros (aqueles que aguentavam a viagem) não sabiam para onde iam nem o que os esperava embora lhes tivesse sido dito quando embarcaram nos comboios que iam emigrar para trabalhar no Leste da Europa.

judeus preparando-se para entrar num comboio
Filas de embarque para campos de concentração

Chegados aos campos eram separados por filas de mulheres, outras de homens e de crianças. Aqueles que estavam em condições físicas iriam trabalhar, (pensando que iriam sobreviver), os outros seriam imediatamente mortos. Os judeus eram levados para as câmaras de gás, onde se despiam e em seguida eram mortos com gás. Depois os corpos eram queimados em crematórios ou então faziam-se algumas atrocidades, como : utilização da pele para candeeiros ou experiências médicas com as crianças

Crianças sujeitas a experiências médicas em Auschwitz.
Crianças judias vítimas de fome e doença